quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Despedida.

Me sinto tão só. O lamento não é correspondido.
O uivar ecoa sozinho pelo monte esquecido.
A lua prata ilumina tudo, brilha fantasmagórica, aumenta a solidão.
Infeliz eu ando, amargo, triste, perdendo o que me resta no coração.
As promessas de amor, de amizade, se perdem no vento e no gelo.
Em mim a sombra cresce, obscurecem minha visão e meu zelo.
É a sombra da morte e solidão. É a sombra da loucura.
Ela me chama para o abismo, pra uma morte prematura.
Prematura mas certa é o fim de todo amante.
Amei a tudo, amei a todos, mas sozinho prossegui andante.
Difamado, abandonado, arruinado, esquecido.
Para que haja diminuta dor, das lembranças tenho me despido.
Faz chorar o vento, faz chorar tudo o que é belo.
Será então a morte proposital o fim desse Marcelo?
Um grito desprende, o peito queima, a sombra cresce.
Será que na morte existe o “esquece”.
Depois de morto se é mais amado?
Não sei, só sei que me encontro rachado,
Ferido, sem causa, sem amores,
Na vida não existe mais sabores,
Um arrepio sobe, a morte se anuncia.
Quem sabe depois do véu, a dor desanuvia?
Não posso continuar, sinto muito, mas não dá.
Os sabores, cores amores, tudo sumirá,
E com o tempo tudo cinza ficará, esquecido, e humilhado.
É tudo quee me restará. Sem adiar , estou compenetrado.
Aguardo o sinal, aguardo a coragem, aguardo o fim.
Adeus Mundo, adeus pessoas, prossigam sem mim.

2 comentários:

  1. Sou das que acreditam no efeito borboleta. O mundo prosseguirá sem você, mas nada será igual. Precisamos de você aqui para que tudo dê certo no final. Não nos entristeça com sua ausência. E que essas palavras não passem de triste poesia.

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