quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Meia Noite

Perguntas pra uma vida

Qual o seu maior medo? Qual o seu maior desejo?
Você tem medo de realizar esse desejo? Ou o desejo lhe causa medo?
Culpa ou vontade? Vontade de sentir culpa? Sonhos ou fantasias?
Ou você fantasia seus sonhos? Alegria ou tristeza? Triste por ser alegre?
Ou alegre por ser triste? Santo ou pecador? Sente-se santo por ser pecador?
Ou pecador por ser santo? Ser ou não ser? Ser para poder existir?
Ou não ser para poder viver? A cada um uma sentença,
A cada vida uma história, em cada ser um universo,
Porem dentro de nós um mesmo desejo, uma única pergunta,
Sem uma única resposta.

Existir

Única, desesperada e sofrida existência.
Tão preciosa, porem tão frágil.
Um sopro a traz, uma brisa a leva,
Quem tem o poder, quem é o maior?
O Soprador, que tem a vida.

Paz

A escuridão invade minha mente, meus olhos se fecham,
Nada mais vejo. Olho dentro de mim,
Vejo-me na mesma montanha agora, o mar pacifico
Doces ondas o movimentam, e uma suave brisa canta uma singela canção,
Tão baixo q o farfalhar das folhas a sobressaem.
Eu esforço a escutar, e em seu refrão escuto: “enfim PAZ”

Madrugada

Mais uma vez não consigo dormir, minha mente não trabalha,
Mas agitada me atormenta vazia. Meus olhos fecham, o sono vem.
Acordo mais uma vez, sinto o pesar da noite, o choro lamuriante da escuridão.
A luz da lua ilumina toscamente os objetos da sala, sombras fantasmagóricas dançam.
Minha mente entorpecida pelo sono, atormentada pelo vazio vagueia por mundos que só eu conheço. Uma lágrima escorre no meu rosto. Não estou triste, muito menos chateado.
Mas chorar me faz bem, limpa minha mente, escorre meus anseios. Mais uma vez adormeço, mergulho no poço escuro do meu psique, não me encontro em lugar nenhum. Aos poucos a neblina do desconhecido desvanece, e eu me vejo em minha pátria, em meu lugar de paz, em minhas criações, no meu mundo. A luz do alvorecer outonal, pálida e fria me acorda mais uma vez. A desesperança de estar mais uma vez nesse lugar me desperta como água fria, mas a lembrança de minha missão me anima mais uma vez. A cada dia devo trazer a um lugar seco e desolado a visão de um mundo melhor, um mundo criado, um mundo mágico, mas um mundo possível.
Sentença

Os movimentos frágeis que me limitam
Remetem meus pensamentos ao qual fraco sou.
Os desastres internos que me acometem hoje refletem
No meu ser, as dores do sentimento manifestam-se
Fisicamente. Do controle ao descontrole.
Um mar de lágrimas tenta levar o sangue das feridas
Causadas na alma, por anos sem fim de martírio auto infringido.
Sem cura, sem esperança, eu meu próprio carrasco assinei
A sentença tão bem conhecida, antecipei o dia, escrevi minha morte.
Sem lágrimas, sem lamuria, sem duvidas, vivo esses dias como
Um grande sofredor, a amar sem ser amado.

Um comentário: